Na maioria das vezes a preparação durante a gestação fica voltado para a via de parto, medos e anseios são trabalhados ao longo dos meses, pouco se fala dos possíveis desafios da amamentação.
Algumas mulheres apresentam intercorrências mamária relacionada a lactação, fissuras, mastite, candidíase mamária e ductos mamários obstruídos, a consequência disso na maioria das vezes é o desmame precoce do bebê e o sofrimento psicológico da mãe, pelos palpites inconvenientes, julgamentos que só pioram essa experiência.
Se o aleitamento materno é amplamente conhecido em todo o mundo, sendo indiscutível seus benefícios, então, porque a responsabilidade fica centralizada somente na mãe?
Estamos num processo de mudança, daí a importância da família que é a rede de apoio imediata, formada pelo pai, marido, companheiro, namorado ou outra condição, também a mãe, tias e primas. Outra rede importante é o local de trabalho, emprego e serviço. Algumas empresas apostam em programas voltados as gestantes e mulheres quando estão no final da licença maternidade, com impacto positivo no absenteísmo, como aumento da produção de trabalho.
Os profissionais da saúde devem conhecer os medos, expectativas, mitos e crenças das gestantes e mulheres referente ao aleitamento materno, para então, desmitificar as crenças consolidadas que influenciam de forma negativa na sua adesão.
A mãe está totalmente engajada, ela só precisa de apoio para conseguir amamentar livre demanda e continuar firme durantes os meses seguintes.
Existem 5 regras no apoio ao aleitamento materno:
– Tratar a mãe-bebê de forma individual, respeitando o cenário familiar;
– Escutar com empatia para reconhecer as necessidades, evite interromper e após ofereça informações claras que ela faça suas escolhas;
– Orientar os pais e familiares para apoiar a mulher que amamenta;
– Locais de trabalho, governo e comunidade, devem oferecer um ambiente ao qual, a mulher possa optar pelo aleitamento materno e manter sua decisão;
– Acreditar e encorajar a mãe a amamentar, e reconhecer quando uma mulher precisar de mais ajuda, do que aquela que você pode oferece.
O certo é apoiar cada dia mais mulheres a amamentarem seus filhos. Assim, teremos uma sociedade mais saudável, mulheres fortes e decididas, perdendo o medo e tomando a coragem de amamentar o bebê exclusivamente até os seis meses, continuar amamentando seu filho até os 2 anos de forma complementar, retornar ao trabalho ou permanecer com o bebê, enfim, a decisão é somente da mulher. Os benefícios serão para todos, sem exceção. Leite é vida! A fonte é única! O poder está nas mamas.